quinta-feira, 21 de abril de 2011

O Politicamente Correto: A Guerrilha Cultural Comunista



Há algum tempo, o Governo Federal tentou implantar a cartilha do politicamente correto. Ser politicamente correto significaria empregar linguagem livre de discriminação, de modo a evitar ofensa a pessoas ou grupos, por conta de raça, credo, sexualidade, etc. Pela regra do politicamente correto, não se diz "negro", mas sim "afrodescendente"; não se diz Direitos Naturais do "Homem", mas sim Direitos "Humanos". São recriminadas palavras do tipo "judiar" (derivada de judeu), "denegrir" (derivada de negro) e, segundo a cartilha lulista, o vocábulo "comunista" deveria ser evitado (Niermayer quis esgoelar o Lula) . A cartilha, é claro, não emplacou, e foi recolhida ao almoxarifado. Mas a moda do politicamente correto continua a fazer estragos pela Nação afora.
Poucos sabem que a ideia do politicamente correto teve origem em Karl Marx. O Manifesto Comunista, escrito por Marx no séc. XIX, possuía duas linhas: o marxismo econômico, que pregava que a história é determinada pelos grupos detentores dos meios de produção; e o marxismo cultural, que pregava a ideia de que a história é determinada pelos grupos detentores do poder (o marxismo cultural é a semente do politicamente correto).
O marxismo cultural, assim como marxismo econômico, pregavam que a história da sociedade é marcada pela luta de classes. A sociedade seria composta por dois grupos antagônicos: os burgueses e os proletários. Os burgueses disporiam dos meios de produção (fabricas, máquinas, recursos econômicos), com os quais oprimiriam a classe proletária. A sociedade, portanto, seria composta de opressores e de oprimidos; estes seriam vítimas daqueles. Sendo assim, os marxistas chegaram à conclusão maniqueísta de que os trabalhadores são sempre bons e de que a burguesia é invariavelmente má. Haveria, na sociedade, grupos bons e grupos maus. Os opressores seriam sempre maus e os oprimidos, sempre bons, independentemente do que fizessem. Durante a Contrarrevolução de 64, por exemplo, os militares impediram que terroristas subversivos implantassem no Brasil o comunismo. Hoje, no entanto, os militares são maus e os terroristas são bons.
O marxismo econômico pregava a tomada do poder pela força, enquanto o marxismo cultural, a partir de estudos e teorias desenvolvidas ao longo da primeira metade do século passado, pregava o desconstrucionismo, que consistiria na desconstrução dos textos históricos, filisóficos e literários, com a finalidade de desestruturar (distorcer) as idéias e valores até então estabelecidos. Por exemplo, a análise desconstrucionista da Contrarrevolução de 64 permitiu à esquerda brasileira afirmar que os militares perseguiram pessoas que lutavam pela democracia e pela liberdade, assim subvertendo a verdade, pois qualquer pessoa com um mínimo de honestidade intelectual sabe que aqueles indivíduos eram terrorista que lutavam pelo comunismo, regime que despreza a democracia e a liberdade. Fazem isso porque, para o marxismo cultural, a história resume-se à análise das lutas de classes: luta dos bons contra os maus. Para eles, a Contrarrevolução foi um Golpe Militar.
O marxismo cultural culminou impondo o "relativismo moral" como filosofia, subvertendo os valores da sociedade tradicional. É a doutrina do politicamente correto que transforma um assassino com Che Guevara em herói; é ela que faz com que Fidel Castro, um assassino psicopata, seja venerado por políticos, intelectuais e artistas famosos. A relativização moral invade a televisão (as novelas principalmente), a imprensa, a escola, a arte, e os homens de bem perdem a capacidade de dizer a verdade. O politicamente correto é a ferramenta com a qual se pretende destruir as bases da civilização ocidental: a fé cristã, o direito romano e a filosofia grega; bases sem as quais o homem não se reconhece. Quando isso acontece, a mentira triunfa.
Em 1917, com a revolução Russa, os marxistas da linha econômica chegaram ao poder, fato que gerou grandes expectativas ao marxistas europeus e findou por relegar a segundo plano o marxismo cultural. Com o passar do tempo, verificou-se que o marxismo não conseguia implantar-se na Europa. Ideólogos como Gramsci concluíram que os trabalhadores europeus não aderiam à luta de classes porque eram muito apegados aos valores culturais, à religião cristã principalmente. Foi, então, que o marxismo cultural ressurgiu.

Com o marxismo cultural seria possível destruir os valores europeus, que era a causa do fracasso marxista no Velho Continente. A Escola de Frankfurt encampou a teoria do marxismo cultural e criou a Teoria Crítica para difundir o comunismo na Europa. Muitos consideram a Escola de Frankfurt o berço do politicamente correto.

O marxismo dos frankfurtianos era desalinhado com o marxismo-leninista (marxismo de Moscou). Os frankfurtianos desprezavam os achados econômicos de Marx e os estratagemas da burocracia bolchevista; eles preferiam investir tempo e dinheiro na "teoria da alienação" (a sociedade capitalista transforma o homem em mercadoria, em "coisa", perdendo a consciência de si); Teodor Adorno (1903-1969) dizia que Hollywood era a própria fonte da alienação [mais tarde, Hollywood transformar-se-ia em base dos marxistas culturais: vide o código venona]. Com a Escola de Frankfurt, o marxismo cultural passa para o primeiro plano. A Escola une o marxismo cultural às ideias da psicanalise de Freud [a repressão do indivíduo (Freud) decorria da opressão capitalista (Marx)], e elege a cultura como instrumento de luta pelo poder. Nasce a guerrilha cultural, em substituição à luta armada dos

leninistas. Surge a Teoria Crítica e consolida-se a doutrina do politicamente correto.

Para levar a cabo sua empreitada, a Teoria Crítica critica tudo. Pode-se dizer, resumidamente, que ela critica os valores da sociedade capitalista: a família, a religião, a moral, a propriedade, etc. Não são críticas construtivas, pois, como eu disse, eles desejavam desconstruir, isto é, subverter os valores que impedem a implantação do marxismo. Seu modo de operar é engenhoso. Entidades civis (associações, fundações, ongs em geral), normalmente financiadas com o dinheiro público ou beneficiadas com imunidades e isenções fiscais, assumem a defesa de grupos oprimidos (os invariavelmente bons de que falei acima). Gays, feministas, quilombolas, sem-terra, sem-teto, sem-trabalho, sem-terra-indígena-demarcada, sem-juízo (magistrados do Fórum Mundial de Juízes) e demais espécimes sem-par do gênero sem-vergonha, constituem o público dileto dos adeptos da Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, os politicamente corretos.
Nos anos trinta do século passado, o frankfurtiano Herbert Marcuse (foi ele que cunhou a expressão "faça amor não faça a guerra") criou a noção de "tolerância repressiva": tudo que viesse da direta deveria ser reprimido; tudo que viesse da esquerda deveria ser apoiado pelo Estado. Marcuse é considerado o pai do politicamente correto moderno, que passou a ser o instrumento da guerrilha cultural, com a qual se pretende implantar o marxismo, a sociedade totalitária.
Quando se trata do politicamente correto, cessa tudo que a antiga musa canta. A história é reescrita de acordo com os valores da esquerda. Não só isso. Qualquer expressão que possa ser ofensiva aos grupos oprimidos, deve ser substituída por outras politicamente corretas. No passado, a Escola de Frankfurt, sob a égide do politicamente correto, forneceu as bases ideológicas do fenômeno "hippie"; na atualidade, fomenta a ação dos eco-terroristas, dos movimentos gays, da união homossexual, da liberação das drogas, da descriminalização do aborto, e de uma infinidade de valores minoritários, com a exclusiva finalidade de destruir os valores da civilização capitalista, em particular Deus, Pátria e Família.
Nos anos 60 e 70, a influência dos frankfurtianos perdeu força com o advento da revolução cubana, dos movimentos de libertação na África e a revolta estudantil francesa de 1968. No Brasil, as Forças Armadas impediram os comunistas de tomar o poder, em 1964. Tais fatos reacenderam nas esquerdas do mundo todo o sonho da luta armada. Retorna ao primeiro plano o marxismo econômico. No Brasil, os comunistas deram início ao confronto armado. Com a estrondosa derrota dos comunistas no Brasil e com a queda do Muro de Berlim, o marxismo cultural retorna ao primeiro plano, agora, porém, com uma vantagem: a queda do Muro de Berlim criou em todos a falsa impressão de que, com o muro, caíra por terra o próprio comunismo. Nesse sentido, a queda do Muro de Berlim funcionou como um verdadeiro Cavalo de Tróia: enquanto a direita dorme de espírito desarmado, a esquerda, travestida de socialista do século XXI, campeia livre, implantando a guerrilha cultural. Em suma: os comunistas mudaram de "front". A guerrilha cultural está em franca atividade, e ninguém percebe.

Aliás! você já teve a curiosidade de consultar os livros didáticos de seu filho? Você já leu o livro de História que a escola dele indicou?

O amiguinho da Dilma

"Diga-me com quem tu andas, e eu te direi quem és"

terça-feira, 19 de abril de 2011

Desmascarando um Comunista e sua Patrulha Ideológica

Joãozinho chega correndo em casa:

- Buááááááá!
- Calma Joãozinho, o que houve?
- Um comunista me chamou de fascista!
- Mas você sabe que isso é uma mentira.
- Não estou chorando por isso, mamãe.
- Por que está chorando então, Joãozinho?
- Porque é assim que eles chegam ao poder.


O comunismo é responsável por cerca de 100 milhões de mortos. Só na China somam 63 milhões, e na Rússia 20 milhões. A Comissão sobre Repressão do governo russo concluiu que os bolchevistas mataram pelo menos 43 milhões de pessoas entre 1917 e 1953. Na Coréia do Norte, segundo a agência católica Zenit, o comunismo matou de fome 3,5 milhões, sete vezes mais do que os autores informam. Sem contar que o Comunismo/Socialismo tiveram apenas ditadores no poder, não havendo então nenhuma democracia de voto. podemos citar por exemplo os ditadores Soviéticos Josef Stalin, Nikita Khrushchov, Leonid Brezhnev, Yuri Andrpov, Konstantin Chernenk e Mikhail Gorbartchov que ficaram no poder de 1922 até 1991. Os cubanos, nossos irmãos latinos, vivem desde 1959 com o Partido Comunista Cubano no poder. A China está em situação similar desde 1949 e o mesmo acontece com a Coréia do Norte, com regime socialista desde 1948.

Patrulhamento Ideológico

Essa hegemonia esquerdista é mantida em grande parte graças ao patrulhamento ideológico. Se alguém ousar denunciar as trapaças dos marxistas, eles usam a tática proposta por Lênin: cair em cima da vítima coletivamente, fazendo inúmeras acusações.

"Você é agente da CIA, você é burguês, você é da elite branca, você é homofóbico, você é um louco, você é um fascista!" - todas as acusações e calúnias possíveis e imagináveis são usadas tendo como objetivo intimidar as demais pessoas para que elas não ousem concordar com quem denunciou as trapaças dos marxistas culturais. A meta é fazer com que os outros tenham medo e pensem duas vezes antes de falar ou denunciar as mesmas coisas - esse é o patrulhamento ideológico.

Perigo

Vale lembrar que no Brasil esse patrulhamento ideológico é extremamente forte pela ignorância do povo e proveito dos esquerdistas. Para o cientista político Ricardo Caldas, a rejeição ao rótulo de direitista está ligada à herança negativa deixada no país. Assim os esquerdistas aproveitam alguns erros da "extrema-direita" e atacam como se todos os direitistas fossem verdadeiros fascistas. 


Afinal, o que será que querem os esquerdistas brasileiros? serão eles muito diferentes dos russos, chineses, coreanos e cubanos?

Várias fontes, incluindo:
1. http://reporterdecristo.com/o-livro-negro-do-comunismo-revela-o-maior-crime-da-historia
2. http://antiforodesaopaulo.blogspot.com/2009/05/iniciacao-filosofia-o-marxismo-cultural.html
3. http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_partidos_pol%C3%ADticos_no_Brasil
4. http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/o-incrivel-caso-do-pais-sem-direita

Por que o brasileiro não reclama?


Na volta para casa, na hora do rush, a barriga de nove meses da operadora de caixa Josy de Sousa Santos, de 30 anos, vai espremida entre os passageiros do metrô que liga Brasília a Ceilândia, na periferia da capital. Josy, assim como outras gestantes, mulheres com bebê no colo, idosos e pessoas com deficiência, tem direito a um assento especial em transporte público. É o que diz a Lei Federal no 10.048, em vigor desde 2000. No aperto do trem, porém, são poucas as pessoas que cedem o lugar especial à grávida. Josy não reclama. “Não peço, não gosto de incomodar nem de criar confusão”, diz. Nesse mesmo metrô, até dois anos atrás, o aposentado Antônio Alves Barbosa, de 76 anos, queixava-se quando não lhe cediam o espaço reservado para idosos. Depois que um jovem o agrediu verbalmente, desistiu de reclamar. “Ele disse que velho tinha de morrer”, afirma Barbosa.

Não se trata de um problema exclusivo do metrô de Brasília. O brasileiro não tem o hábito de protestar no cotidiano. A corrupção dos políticos, o aumento de impostos, o descaso nos hospitais, as filas imensas nos bancos e a violência diária só levam a população às ruas em circunstâncias excepcionais. Por que isso acontece? A resposta a tanta passividade pode estar em um estudo de Fábio Iglesias, doutor em Psicologia e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB). Segundo ele, o brasileiro é protagonista do fenômeno “ignorância pluralística”, termo cunhado pela primeira vez em 1924 pelo americano Floyd Alport, pioneiro da psicologia social moderna.
“Esse comportamento ocorre quando um cidadão age de acordo com aquilo que os outros pensam, e não por aquilo que ele acha correto fazer. Essas pessoas pensam assim: se o outro não faz, por que eu vou fazer?”, diz Iglesias. O problema é que, se ninguém diz nada e conseqüentemente nada é feito, o desejo coletivo é sufocado. O brasileiro, de acordo com Iglesias, tem necessidade de pertencer a um grupo. “Ele não fala sobre si mesmo sem falar do grupo a que pertence.”
Iglesias começou sua pesquisa com filas de espera. Ele observou as reações das pessoas em bancos, cinemas e restaurantes. Quando alguém fura a fila, a maioria finge que não vê. O comportamento-padrão é cordial e pacífico. Durante dois meses, ele analisou o pico do almoço num restaurante coletivo de Brasília. Houve 57 “furadas de fila”. “Entravam como quem não quer nada, falando ao celular ou cumprimentando alguém. A reação das pessoas era olhar para o teto, fugir do olhar dos outros”, afirma. O aeroviário carioca Sandro Leal, de 29 anos, admite que não reage quando vê alguém furar a fila no banco. “Fico esperando que alguém faça alguma coisa. Ninguém quer bancar o chato”, diz.
Iglesias dá outro exemplo comum de ignorância pluralística: “Quando, na sala de aula, o professor pergunta se todos entenderam, é raro alguém levantar a mão dizendo que está com dúvidas”, afirma. Ninguém quer se destacar, ocorrendo o que se chama “difusão da responsabilidade”, o que leva à inércia.
Mesmo quem sofre uma série de prejuízos não abre a boca. É o caso da professora carioca Maria Luzia Boulier, de 58 anos. Ela já comprou uma enciclopédia em que faltava um volume; pagou compras no cartão de crédito que jamais fez; e adquiriu, pela internet, uma esteira ergométrica defeituosa. Maria Luzia reclamou apenas neste último caso. Durante alguns dias, ligou para a empresa. Não obteve resposta. Foi ao Procon, mas, depois de uma espera de 40 minutos, desistiu de dar queixa. “Sou preguiçosa. Sei que na maioria das vezes reclamar não adianta nada”, afirma.
O “não-vai-dar-em-na-da” é um discurso comum entre os “não-reclamantes”. O estudante de Artes Plásticas Solano Guedes, de 25 anos, diz que evita se envolver em qualquer situação pública. “Sou omisso, sim, como todo brasileiro. Já vi brigas na rua, gente tentando arrombar carro. Mas nunca denuncio. É uma mistura de medo e falta de credibilidade nas autoridades”, afirma.
A apatia diante de um escândalo público também é freqüente no Brasil. Nas décadas de 80 e 90, o contador brasiliense Honório Bispo saiu às ruas para lutar pelas Diretas Já e pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor. No mês passado, quando o plenário do Senado realizou uma sessão secreta para julgar o presidente da casa, Renan Calheiros, o contador tentou reunir alguns colegas para uma manifestação em frente ao Congresso Nacional. Poucos compareceram. Depois disso, Bispo disse que ficou desestimulado. “Os movimentos estudantis não se mobilizam mais. A UNE sumiu”, diz, referindo-se à outrora influente União Nacional dos Estudantes.
O estudo da UnB constatou que a “cultura do silêncio” também acontece em outros países. “Portugal, Espanha e parte da Itália são coletivistas como o Brasil”, afirma o psicólogo. Em nações mais individualistas, como em certos países europeus, os Estados Unidos e a vizinha Argentina, o que conta é o que cada um pensa. “As ações são baseadas na auto-referência”, diz o estudo. Nos centros de Buenos Aires e Paris, é comum ver marchas e protestos diários dos moradores. A mídia pode agir como um desencadeador de reclamações, principalmente nas situações de política pública. “Se o cidadão vê na mídia o que ele tem vontade de falar, conclui que não está isolado”, afirma o pesquisador.
O antropólogo Roberto DaMatta diz que não se pode dissociar o comportamento omisso dos brasileiros da prática do “jeitinho”. Para ele, o fato de o povo não lutar por seus direitos, em maior ou menor grau, também pode ser explicado pelas pequenas infrações que a maioria comete no dia-a-dia. “Molhar a mão” do guarda para fugir da multa, estacionar nas vagas para deficientes ou driblar o engarrafamento ao usar o acostamento das estradas são práticas comuns e fazem o brasileiro achar que não tem moral para reclamar do político corrupto. “Existe um elo entre todos esses comportamentos. Uma sociedade de rabo preso não pode ser uma sociedade de protesto”, diz o antropólogo.
O sociólogo Pedro Demo, autor do livro Cidadania Pequena s (ed. Autores Associados), diz que há baixíssimos índices de organização da sociedade civil – decorrentes, em boa parte, dos também baixos índices educacionais. Em seu livro, que tem base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o sociólogo conclui que o brasileiro até se mobiliza em algumas questões, mas não dá continuidade a elas e não vê a importância de se aprofundar. Um exemplo é o racionamento de energia ocorrido há cinco anos: rapidamente as pessoas compreenderam a necessidade de economizar. Passada a urgência, não se importaram com as razões que levaram à crise. Para o sociólogo, além de toda a conjuntura atual, há o fator histórico: a colonização portuguesa voltada para a exploração e a independência declarada de cima para baixo, por dom Pedro I, príncipe regente da metrópole. “Historicamente aprendemos a esperar que a decisão venha de fora. Ainda nos falta a noção do bem comum. Acredito que, ao longo do tempo, não tivemos lutas suficientes para formá-la”, diz Demo.
A historiadora e cientista política Isabel Lustosa, autora da biografia Dom Pedro I, um Herói sem Nenhum Caráter (ed. Companhia das Letras), acredita que os brasileiros reclamam, sim, mas têm dificuldades de levar adiante esses protestos sob a forma de organizações civis. “Nas filas ou mesas de bar, as pessoas estão falando mal dos políticos. As seções de leitores de jornais e revistas estão repletas de cartas de protesto. Mas existe uma espécie de fadiga em relação aos resultados das reclamações, especialmente no que diz respeito à política.” Segundo Isabel, quem mais sofre com a falta de condições para reclamar é a população de baixa renda. Diante da deterioração dos serviços de educação e saúde, o povo fica sem voz. “Esses serviços estão pulverizados. Seus usuários não moram em suas cercanias. A possibilidade de mobilização também se pulveriza”, diz.
Apesar das explicações diversas sobre o comportamento passivo dos brasileiros, os estudiosos concordam num ponto: nas filas de espera, nos direitos do consumidor ou na fiscalização da democracia, é preciso agir individualmente e de acordo com a própria consciência. “Isso evita a chamada espiral do silêncio”, diz o pesquisador Iglesias. O primeiro passo para a mudança é abrir a boca.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Quem somos.

  A apresentação é sempre a parte mais difícil, mas vamos lá. Nós somos um grupo de amigos, estudantes e principalmente cidadãos que estão cansados de conviver com tanta imoralidade, falcatrua e injustiça. Continuar inertes observando tudo isso já não era para suportável para nós. Precisávamos fazer algo, mas o que fazer? Crescemos em uma cultura que alimenta e recompensa aqueles que nada fazem. Somos sobrecarregados por exigências de todos os lados, como encontraríamos forças para levantar da cadeira e começar a agir?
  Todas essas dúvidas passaram pelas nossas cabeças por meses e chegamos a uma conclusão. Já não importava o quão duro a luta seria, nem o que teríamos que sacrificar para lutar, não podíamos continuar inertes, convivendo em meio a tantas coisas erradas. 
  A hora de agir é agora, e todos nós nacionalistas, independente do grupo ao qual pertençamos precisamos unir forças. O inimigo é poderoso, mas juntos podemos mudar as coisas.